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La Pesca Submarina en la Prensa

 
   
 
 
   
 
NunoDias
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La pesca de los dentones en la peninsula Iberica, - 2008/09/06 21:56 Dos diversos Pargos que já cacei e dos que temos na nossa costa Iberica escolhi o Pargo Dentudo ou Dourado,(Dentex dentex), como o sujeito deste artigo pois é a este que tenho dedicado grande parte da minha caça de verão em Portugal, na vizinha Espanha e em Marrocos.

Paixão que levo a cabo há já alguns anos quando apanhei o meu primeiro no lado de fora do peão D. Fernando, a escassos 13 metros de fundo.
Andava a fazer esperas a uma Dourada desinteressada que vogava calmamente no meio de uns sargos, quando de repente saída do nada entra aquela figura de ar ameaçador direitinho a mim, meio assustado apontei a minha Marlin,(a saudosa Cavallero de seu nome,"Cristina a arma assassina" como lhe apelidavamos quando tinha 16 anos), e disparei, o arranque foi forte mas breve, agarrei-o e abracei-me a ele, já ninguem me tirava aquele Pargo, que apesar de me estar a traçar furiosamente o polegar nem por isso o larguei.
Mais tarde na balança pesou 5,5Kgs e a minha Mãe chegou-me a perguntar se o podia cozinhar ou se eu queria ficar a olhar para ele mais uma hora!!!

Fugidio,cuidadoso,perspicaz, rápido, potente e com uma desconfiança que só a ele reconheço, assim é o Pargo Dentudo. Com todas estas qualidades, este é de facto um dos adversarios mais complicados e interessantes de capturar quando imersos. Poucos são os relatos de capturas casuais ou fugazes pois no caso particular desta especie a sorte deixa de ser um factor predominante e apenas a experiencia e perseverança torna possivel a sua captura. A profundidade é sem duvida o denominador comum na caça ao Pargo pois este frequenta habitualmente águas com fundos superiores a 15 metros, facto pelo qual o aperfeiçoamento da caça em profundidade e a preparação fisica e mental desempenham um papel importante.
O caçador submarino é capaz de prolongar a sua apneia á base de treino e de muitas horas de caça no entanto quando se chega a um limite pessoal iniciaa-se um processo de refinação e aperfeiçoamento da tecnica em si. A forma de efectuar o "pato",o movimento das barbatanas,a aquacidade e a hidrodinamica e até mesmo a capacidade de manter uma boa disposição e optimismo durante as imersões são apenas alguns dos factores imprescendiveis para minimizar esforços e reduzir o consumo de oxigénio, conseguindo-se assim preciosos segundos de apneia que naturalmente aumentaram a nossa margem de segurança. Antes de mais para evoluir na caça ao Pargo é necessário dedicar-lhe algum tempo e exclusividade para conhecer os fundos que frequenta e onde costuma caçar, os seus costumes e reacções perante o caçador assim como as horas mais frequentes para os avistar entre outros factores.
Quanto mais encontros acumular-mos com este espárida mais possibilidades temos de o avaliar e mais tarde capturar com tecnica apurada.

O Pargo Dentudo pertence á ordem dos pesciformes e tem como nome cientifico "Dentex dentex".É um esparida tal como o sargo, a dourada e a salema. Da sua estrutura corporal destacam-se a sua enorme cabeça num corpo ovalado e robusto que termina numa potente cauda. De côr ligeiramente rosada, possui tons de azul no dorso e prata nos flancos terminando no branco na zona do ventre com tons dourados em ambos os opérculos de onde provêm o apelido de "Dourado". Nos exemplares mais velhos destaca-se uma zona acastanhada escura por baixo da qual se inserem os olhos e que se prolonga pelo dorso.
A sua massa muscular está bem desenvolvida daí a enorme facilidade com que arranca e nada por vezes durante longas distancias conferindo-lhe um caracter de resistencia próprio. Possui uma barbatana dorsal comprida que chega quase á sua potente barbatana caudal com uma ramificação de 12 ou 13 espinhas. Esta dorsal e a caudal junto a uma pequena barbatana ventral e uma curta anal formam o conjunto que somado ás suas grandes escamas lhe conferem a tal potência e velocidade atrás referida.
O nome de Dentudo advém-lhe dos oito grandes "caninos" proeminentes que possui, quatro na mandibula superior e quatro na inferi or. A boca em si tem um bom tamanho rodeada de uns labios duros e carnudos e uma mandibula com um aspecto proeminente e voraz emprestamdo-lhe o visual de caçador incansavel. No que que diz respeito a medidas este, pode alcançar mais de um metro de comprimento e cerca de 20 Kgs, no entanto o peso normal das capturas situa-se entre os 3 e os 6 Kgs e os exemplares com mais de 10 Kgs já são uma raridade. Pode-se encontrar desde as ilhas Britanicas até ao Cabo Branco, na Mauritania, no Senegal, nas Canárias e na Madeira. È mais comum em Espanha no norte de Africa e em todo o Mediterranico. Este Pargo leva a maior parte da sua vida a uma profundidade compreendida entre os 15 e os 25 Mts de profundidade sendo raramente possivel vê-los quase a seco embora o possam fazer na epoca de reprodução ou para caçar a seu petisco favorito, o polvo!!!
Podem alcançar profundidades de 200 Mts em busca de uma temperatura constante pois mostram predilecção por águas temperadas, sofrendo bastante com as variações de temperatura e chegando a desaparecer por completo de determinadas zonas que sofram grandes variações da mesma. Em regra vêmo-los em zonas alternadas de areia e pedra, em peões e falésias com matacões no fundo e boa profundidade, na base das baixas mais por fora e nos campos de posidonia, na maior parte dos casos com alguma corrente á mistura e onde se concentram cardumes de pequenos peixes como as castanhetas, um dos alimentos favoritos deste Pargo. Encontrar estas zonas de passagem e permanencia é uma tarefa morosa que pode levar muitas horas e dias de busca e observação, embora tambem possa surgir como fruto de uma agradavel casualidade. Uma sonda e um Gps com os quais estejamos familiarizados são uma preciosa ajuda pois tal como as Douradas, é possivel encontra-los na mesma zona durante dias, meses e até ano após ano.

Aparecem na primavera para se reproduzirem, e quando nascem, possuem já um tamanho consideravel e são completamente auto suficientes evidenciando desde pequenos aquele espirito predador e voraz que os caracteriza. Possuem um ritmo de crescimento elevado devido á quantidade de alimento que consomem e quando chega o Inverno dirigem-se para águas mais profundas. A caça deste Pargo faz-se em regra fundo, já o referi antes e reforço-o de novo, as elevadas cotas de profundidade a que se caça esta magnifica presa são aquelas em que acontecem acidentes mortais como a sincope ou “Morte dos sete metros” , devido ás largas esperas que se fazem. Sendo assim aconselho vivamente a presença de um companheiro do mesmo nível sendo mesmo essencial na minha opinião pois já me “apaguei” e se não fiquei lá foi devido á rápida actuação do meu companheiro de caça. O uso do pendulo ou do cinturão largavel tambem é de referir como boa pratica, sempre com uns bons metros de monofilamento transparente a ligar ao peso pois o cabo pode assustar os Pargos.
A forma mais comum de os caçar é á espera e em jeito de duelo em que é imprescindivel manter a calma até ao ultimo segundo para efectuar um disparo certeiro no momento adequado. Esta tecnica começa á superficie onde convem que a saida do barco seja silenciosa e que se desligue o motor um tanto ou quanto antes pois até a sombra do barco ou o cabo do ferro podem afastar os Pargos. Um “pato” silencioso retirando o tubo da boca para fazer “correr” o ar que ali fica e uma descida controlada de ritmo vagaroso, afastando ligeiramente as barbatanas para reduzir a velocidade, sempre com a arma junto ao corpo sáo de todo essenciais. Ao chegar-mos ao fundo a dissimulação do caçador deve ser parcial e não total pois isto vai despertar a curiosidade ao Pargo e embora a imobilidade seja a regra de ouro tenho por experiencia própria que um ligeiro e lento recuo fá-los ficar mais confiantes pois damos-lhes a sensação de medo o que por vezes os faz entrar mais decididos.
De preferencia com a arma já apontada para a zona donde achamos que nos entrará o Pargo e caso tenhamos que corrigir a tragetoria é aconselhavel que seja de forma tranquila e sem movimentos bruscos. Quando o Pargo surge no nosso campo de visão, fá-lo com muita precaução e desconfiança no entanto por vezes a sua curiosidade vence e este aproxima-se para satisfaze-la. Na mesma fracção de tempo em que entra assim o faz para fugir de imediato após satisfeita a sua breve curiosidade tornando o tiro dificil e muito preciso. Há-que efectua-lo na zona da cabeça e quando o peixe se aproxima de frente apanhando-o na cabeça ou um pouco atras desta, pois se disparar-mos com ele já de lado ou falhamos ou acertamos-lhe numa zona fraca como a barriga. Escusado será dizer que o arranque do Pargo é explosivo e quando se sente ferido mais violento ainda, rasgando-se facilmente se mal arpoado.
Após isto, é correr para o peixe e tentar agarra-lo para evitar que se rasgue. Empurrá-lo para o fio da arma e subir com o arpão tambem ajuda mas sempre que possivel o melhor é subir com ele, cuidado ao agarra-lo pois não se fazem rogados em morder-nos e fálo-ão se puderem, garanto-vos, pois aprendi a minha lição logo no primeiro que capturei ao chegar á superficie com um bom Pargo e menos uns bocados de carne no polegar direito!!! Para as esperas a arma que uso mais mede 1,20m com o tubo em carbono e guia integral, arpão de 7mm em aço carbono com 1,70m e barbela invertida de 9cm e duplo elástico de 16mm. Barbatanas de carbono pois a profundidade assim o obriga, a máscara com um volume interno reduzido mas com um razoavel campo de visão pois é de evitar mover a cabeça constantemente á procura do peixe. O casaco do fato é de 6,5mm, as calças de 3mm e por vezes uso um colete de 3mm tambem. Quanto ao lastro caço com 3 kgs á cintura e 4 kgs de lastro largavél que deixo normalmente na cota dos 15m seguindo sem ele para o fundo.
Ocasionalmente tambem se caçam perto da espuma junto a penhascos ou falesias onde o seu alimento é abundante, sobretudo no Atlantico. Neste caso encontram-se muito inquietos e alerta pois estão fora do seu habitat natural e fogem rapidamente ao aperceberem-se da nossa presença. Coloca-lo a tiro aqui é praticamente impossivel e a melhor forma de o capturarmos nesta situação caso a profundidade o permita será na caída, suave e precisa, senão com um tiro de rapido e instintivo pois não dará hipotese de o "pôr-mos a jeito". Resta referir que o Pargo Dentudo tambem entoca e em regra em buracos com mais de uma saida mantendo-se por vezes entocado enquanto inspecionamos o buraco e arrancando para o fundo mal subimos. Sendo assim a oportunidade de tiro aqui é em regra á primeira e não pensem em subir para o “meter a jeito” numa segunda visita pois podem encontrar uma toca vazia quando lá chegarem de novo.
O Pargo é uma peça de caça fantástica e protagonista de excelentes lances de caça em tons de azul escuro e profundo numa luta classica entre presa e caçador que exige profundidade, excelente forma fisica e uma boa experiencia.
Pessoalmente em Portugal apenas lhes dirijo caça no pico do Verão, pois é a altura em que estou em topo de forma e consigo melhores prestações de fundo com uma margem de segurança aceitavel além do mais é uma especie que faz a sua aparição com maior numero de ocorrencias nesta estação do ano.

Lembrem-se que não existe peixe algum que valha a vida e a beleza da caça submarina está em voltar e contar a historia de um Pargo ou outro peixe qualquer numa mesa recheada de amigos e familia ao sabor de um bom convivio.

Envio editado por: NunoDias, el: 2008/09/10 10:14
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Jorge
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Ref:La pesca de los dentones en la peninsula Iberica, - 2008/09/08 09:47 Es flipante leer tus formas de realizar las capturas, simplemente me quito el sombrero, la pena es que no nos lo puedas dar el master este en pesca en directo. Un Saludo Nuno y a todos los demás.
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macario
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Ref:La pesca de los dentones en la peninsula Iberica, - 2008/09/08 11:12 esperando a que jeromo lo traduzca
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Jeromo
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Ref:La pesca de los dentones en la peninsula Iberica, - 2008/09/09 15:47 se_taleguero escribió:
esperando a que jeromo lo traduzca

Pues cuando el trabajo, la mujer, el "peque-demonión" y las cacas y biberones me lo permitan.

Hasta entonces, saludos.
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macario
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Ref:La pesca de los dentones en la peninsula Iberica, - 2008/09/09 16:26 SIN PRISAS COMPAÑERO PRIMERO LA FAMILIA
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