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Noções sobre o uso do carreto. PDF Imprimir E-Mail
Escrito por NunoDias   
miércoles, 10 de septiembre de 2008
O CARRETO

O carreto é sem duvida uma componente essencial do equipamento tanto para caçadores confirmados como para quem agora se inicia pois confere uma preciosa ajuda em situações algo complicadas.

Erradamente a maior parte dos caçadores ainda assume o carreto como sendo uma peça reservada apenas ás presas de grande porte e á caça profunda, no entanto este acessório demonstra-se eficaz ao caçar com a agua turva e com corrente, tanto no caso do peixe ficar entocado ou o arpão entalado, como na possibilidade de "marcar" uma pedra e trazer a arma confortavelmente para a superfície evitando pressas e nervosismos desnecessários.

Basicamente existem dois tipos de carretos, os fechados e os abertos:

Os carretos fechados mantêm o fio alojado no seu interior e na minha opinião são a melhor escolha como carreto auxiliar pois protegem o fio quando nos deslocamos durante a caçada. Necessitam apenas de alguma atenção ao enrolar o fio pois se este não estiver bem distribuído bate na parede do carreto e reduz a velocidade de saída podendo mesmo encravar. Em certos modelos convêm limar uns milímetros nas extremidades da bobine, obtendo assim um desenrolar mais suave e fluído.

Os carretos abertos podem levar bastante fio sem encravar no entanto convêm manter o fio em tensão pois caso contrario cairá da bobine. 

Este acessório pode ser usado em três locais distintos, na arma, na cintura e no braço: 

O carreto quando montado na arma convém que tenha um apoio firme e seguro para aguentar o "correr" do fio e que esteja colocado o mais perto do punho possível pois só assim minimizará a resistência aos movimentos laterais que possamos fazer durante o acto de caça.

Aconselho o uso do carreto especifico da marca da arma em que o queremos montar por questões de simplicidade no encaixe, no entanto podemos recorrer ao uso de braçadeiras de plástico ou inox, (na minha opinião pesadas e inestéticas), para adaptar ou reforçar o apoio do modelo escolhido á arma tendo em atenção que estas não levantem ou desviem o arpão ao apoiar nas guias do punho. Se tal acontecer a solução passará por fazer pequenos entalhes para as braçadeiras na guia em questão.

Á cintura nunca deve ser colocado directamente no cinto de chumbos por razões obvias de segurança pois ao desenrolar o fio durante a ascensão este passa junto ás barbatanas e pode enrolar até na faca, para além disto os carretos por vezes travam sozinhos, pois se "correrem" demasiado rápido, o fio pode entalar entre si, (comum no mono filamento), obrigando á imediata libertação do cinto. Como solução montam-se num cinto de câmara-de-ar ou de neoprene por baixo do cinto de chumbos e com a saída virada para baixo. 

No braço a colocação será a mesma de preferência no lado onde está a arma. 

Em ambas as situações o fio termina num mosquetão em inox, o mais simples possivel (por motivos de resistência, durabilidade e simplicidade no uso), que ligará rapidamente ao punho da arma.

Quanto ao fio, este pode ser multifilar, (nylon ou dyneema) ou mono filamento.

O fio de nylon e o dyneema são em regra mais caros e mais difíceis de lavar na sua totalidade, no entanto acomodam-se ao carreto mais facilmente e no caso da dyneema têm uma resistencia acrescida util na captura de grandes trófeus.

O mono filamento desenrola mais rápido, lava-se melhor e é mais barato, em contrapartida entala-se mais vezes se mal enrolado ou se for sujeito a muita força. 

 Ao montar o fio escolhido na bobine enrolamo-lo em regra no sentido do movimento do ponteiro dos relógios pois este é o sentido contrario ao do travão e quando requisitado o carreto deve-se destravar imediatamente.

Por fim e depois de cheia a bobine convêm desenrola-la totalmente dentro de agua e enrola-la de novo sobre o peso do arpão pois acondicionará o fio bem esticado e garantirá que está em funcionamento.

No caso das presas de porte nunca esquecer que o peixe é trabalhado no fio e não no carreto. Deixa-se a arma para trás e se houver tempo trava-se o carreto passando a luta a ser travada no fio ora recuperando ora deixando ir conforme "sentir-mos" o peixe.

Também o uso para peixe de porte entocado, como os meros e garoupas, em situações em que estão “difíceis”, afundando um pouco a arma e travando a bobine, colocando uma bóia submersa nos elásticos da arma que deixarão o peixe em tensão constante puxando-o gradualmente para fora do buraco e facilitando o trabalho com outra arma. 

Espero que o artigo tenha sido de ajuda para quem começa e uma boa fonte de informação para quem já pratique há algum tempo.

Cordialmente,

Nuno Dias

 
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